Alergia ao pólen? Saiba mais sobre essa e outras alergias

Espirros frequentes, olhos avermelhados ou cheios de lágrimas, coriza, coceira no nariz podem ser sinais de reações alérgicas, muito comuns durante a primavera(1,2).  

Quer entender por que algumas crises alérgicas são mais frequentes que outras em determinadas épocas do ano e o que você pode fazer para aliviá-las? 

Então, vamos lá!

O que é alergia?

As alergias são uma resposta exagerada do sistema imunológico a um agente externo que o organismo considera nocivo. Esses agentes, chamados de alérgenos, podem estar presentes tanto no ambiente quanto em substâncias que consumimos, como alimentos, e são inofensivos à maioria das pessoas(3). 

Quando os alérgenos são inalados, ingeridos ou entram em contato com a pele ou os olhos de indivíduos sensíveis a eles, uma reação alérgica é desencadeada. 

Por isso, a exposição às substâncias suspensas no ar, que aparecem tão frequentemente em determinadas épocas do ano, tornam alguns períodos mais propensos às alergias (1,2).

O pólen é uma das causas mais comuns das alergias sazonais(4).

Durante a primavera, o pólen de árvores, flores e gramíneas se desloca facilmente pelo ar com a ajuda do vento e do tempo seco, favorecendo a crises de alergias, também conhecidas como rinite alérgica. 

Sintomas da rinite alérgica 

A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal induzida pela exposição a alérgenos além do pólen(5): 

Apesar da vasta flora brasileira, os principais alérgenos ambientais encontrados no Brasil são os ácaros, e as doenças alérgicas relacionadas ao pólen propriamente dito tendem a ser mais frequentes na região Sul do país(1). 

Os sintomas da rinite alérgica se assemelham aos de um resfriado comum e podem incluir(6):

Leia também: Rinite alérgica e a asma podem ter relação?

Como tratar a rinite alérgica? 

A rinite alérgica não tem cura, mas é possível adotar alguns hábitos que ajudam a aliviar seus sintomas(6). Confira: 

• Mantenha sua casa sempre limpa, seca e bem ventilada e utilize panos úmidos e limpos na hora de fazer a limpeza. 

• Lave as roupas de cama regularmente e, se possível, invista em cobertores hipoalergênicos.

• Lave e escove seus pets regularmente. 

• Depois de passeios ao ar livre, tome um banho e troque de roupa para não trazer alérgenos do meio ambiente para dentro de casa.

• Use aspiradores de pó com filtro HEPA, que são mais eficientes na eliminação de ácaros. 

Por que temos alergias? 

Há um consenso hoje na medicina de que as alergias tenham um forte componente hereditário. Isso significa que filhos de pais alérgicos têm mais chances de desenvolver alergias(7). 

Além disso, a exposição frequente aos alérgenos aumenta o risco do desenvolvimento de quadros alérgicos.

As alergias também podem se manifestar em qualquer fase da vida, apesar de serem mais comuns durante a infância(7). 

Alergias alimentares

Da mesma forma que o corpo reage a um alérgeno encontrado no ar, ele pode reagir a substâncias encontradas nos alimentos, desencadeando uma alergia alimentar(8). 

Os alimentos alérgicos mais comuns são: 

Os sintomas da alergia alimentar variam desde leves, como uma pequena urticária, até graves (queda de pressão arterial e arritmia cardíaca. Nestes casos, é importante buscar ajuda médica imediata(8). 

Esse tipo de alergia também se manifesta em qualquer fase da vida, embora surja mais frequentemente na infância. As alergias a alguns alimentos, como leite, ovos e soja, podem desaparecer com o tempo(8).  

Se mesmo com todos os cuidados, as crises se agravarem, procure a ajuda de um especialista e lembre-se de que é possível conviver com as alergias. 

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Referências

1) Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Primavera traz com ela a alergia ao pólen, e a região Sul é a mais atingida. Disponível em: https://asbai.org.br/primavera-traz-com-ela-a-alergia-ao-polen-e-a-regiao-sul-e-a-mais-atingida/. Último acesso em: 25.09.2023. 

2) Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Previna-se contra as doenças alérgicas no outono. Disponível em: https://asbai.org.br/previna-se-contra-as-doencas-alergicas-no-outono/. Último acesso em: 25.09.2023. 

3) Johns Hopkins Medicine. Allergies and the Immune System. Disponível em: https://www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/allergies-and-the-immune-system. Último acesso em: 25.09.2023. 

4) Asthma and Allergy Foundation of America. Pollen Allergy. Disponível em: https://aafa.org/allergies/types-of-allergies/pollen-allergy/. Último acesso em: 25.09.2023. 

5) Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica - Doenças Respiratórias Crônicas. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf. Último acesso em: 25.09.2023. 

6) National Health Service. Allergic rhinitis. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/allergic-rhinitis/. Último acesso em: 25.09.2023. 

7) National Center for Biotechnology Information. Respiratory Allergies: A General Overview of Remedies, Delivery Systems, and the Need to Progress. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3972928/. Último acesso em: 25.09.2023. 

8) Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Alergia Alimentar. Disponível em: https://asbai.org.br/alergia-alimentar-4/. Último acesso em: 25.09.2023. 

BR-26515. Material destinado ao público geral. Out/2023