Voltar para o topo

Reconstrução mamária pós-câncer: 5 perguntas e respostas

O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência em mulheres no Brasil, fora os tumores de pele não melanoma1. Dentre as opções para tratá-lo, há a cirurgia de retirada de parte da mama, chamada de quadrantectomia, ou de sua totalidade, conhecida como mastectomia.² 


Além disso, os linfonodos relacionados à mama também podem ser removidos como parte da cirurgia em alguns casos.²


Entretanto, as cirurgias nas mamas são procedimentos delicados para a autoimagem da mulher.³ Por esse motivo, a medicina oferece a reconstrução mamária.


Hoje, trouxemos 5 perguntas e respostas sobre o assunto. Vamos esclarecer algumas dúvidas?


1. Todas as pessoas podem realizar o procedimento?




2. Como a reconstrução é feita?


O procedimento pode ser feito utilizando diferentes técnicas, como:


  • Expansores 

Trata-se de um dispositivo posicionado sob a pele ou abaixo da musculatura do peitoral de forma definitiva ou temporária. Com essa técnica, o expansor infla para aumentar o tecido aos poucos, até alcançar o tamanho desejado. Nesse caso, as próteses definitivas são colocadas em uma segunda cirurgia.4


  • Transferência de retalhos da pele

Nesse caso, há a retirada de uma parte da pele e tecido gorduroso para ser transferida ao local onde será feita a reconstrução. Comumente, usa-se o tecido das costas e da região abaixo do abdômen.4


  • Prótese de silicone

Uma das mais conhecidas, essa técnica é recomendada quando há uma boa quantidade de pele restante após a cirurgia. A prótese utilizada pode variar de tamanho de acordo com avaliações médicas.4


De qualquer forma, cabe a um especialista a indicação do melhor procedimento a ser adotado em cada caso.4


3. É possível escolher quando fazer a cirurgia?


Sim. Existem casos em que a reconstrução pode ser feita logo após a cirurgia, de modo imediato.4 


Mas o procedimento também pode ser feito com mais tempo, geralmente em casos em que há outro tratamento em ação, como radioterapia ou quimioterapia.4


Cabe ao médico responsável a avaliação e orientação de qual a melhor alternativa a ser seguida.4


4. Quais as diferenças podem ser notadas?


A primeira diferença é a possível perda de sensibilidade, tanto da mama reconstruída quanto do local de onde foi retirado o tecido para a reconstrução. Essa sensação pode voltar com o tempo, mas não igual ao que era antes do procedimento.5


Também há a chance de diferença visual entre as mamas. Nesse caso, pode ser feito o processo de simetrização, que consiste em remodelar a mama natural para que aumente a semelhança entre as duas.5


5. A reconstrução atrapalha o tratamento?


Não. É possível realizar o procedimento de modo seguro e sem que haja prejuízo à terapia. Para isso, a equipe médica responsável deve avaliar o caso para entender quando é o melhor momento para realizar a cirurgia, assim como qual a melhor técnica a ser adotada.4


Não se esqueça: consultar um profissional é fundamental para o direcionamento correto não apenas dessa situação, mas também de diversas outras envolvendo a saúde!


Confira o blog do FazBem para mais conteúdos e dicas para se cuidar!


Referências:

1. Ministério da Saúde
(Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/dados-e-numeros/incidencia>. Último acesso em: 26 set. 2023)
2. AMERICAN CANCER SOCIETY. Surgery for Breast Cancer. (Disponível em: <https://www.cancer.org/cancer/types/breast-cancer/treatment/surgery-for-breast-cancer.html>. Último acesso em: 11 jan 2024)
3. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Postagens: Principais Questões sobre Reconstrução da Mama: direitos e desafios para acesso no SUS. Rio de Janeiro, 14 out. 2021. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-reconstrucao-da-mama-direitos-e-desafios-para-acesso-no-sus/>. Acesso em: 26 set. 2023.
4. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Santa Catarina
(Disponível em: <https://sbcp-sc.org.br/artigos/conheca-as-tecnicas-para-reconstrucao-da-mama/>. Último acesso em: 26 set. 2023)
5. American Cancer Society
(Disponível em: <https://www.cancer.org/cancer/types/breast-cancer/reconstruction-surgery/should-i-get-breast-reconstruction-surgery.html>. Último acesso em: 26 set. 2023)


BR-26487. Material destinado para todos os públicos. Nov/23