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Além do PSA: Novas abordagens no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata

O câncer de próstata é considerado o segundo principal tipo de câncer entre os homens brasileiros. Felizmente, avanços significativos têm sido feitos no diagnóstico e tratamento dessa doença, proporcionando melhores chances de sobrevivência e qualidade de vida para os pacientes.1


Sintomas de câncer de próstata


A próstata é uma glândula localizada no reto, abaixo da bexiga. Ela está presente apenas em pessoas do sexo masculino, e tem como papel a produção de um líquido que faz parte do sêmen, protegendo os espermatozoides.2


Em quadros de câncer, nem sempre há presença de sintomas que possam causar alerta. Isso porque, quando em seu estágio inicial, a doença é considerada silenciosa - assim como o seu avanço.1


Quando o câncer está em um nível mais avançado, o paciente pode sentir sintomas como:1-2



Importância do diagnóstico


Por não apresentar sintomas significativos nas primeiras fases, o diagnóstico precoce é fundamental para um bom prognóstico no câncer de próstata. A recomendação é que homens com casos na família, principalmente com pais e irmãos diagnosticados com a doença, comecem a acompanhar a saúde da próstata a partir dos 45 anos.3


Atualmente, a forma mais comum de diagnóstico é o exame de sangue chamado PSA (antígeno prostático específico) e o exame de toque retal.2


Quando um desses exames apresenta resultados anormais, o médico pode solicitar análises complementares. Alguns deles são:3


  • Biópsia da próstata;

  • Tomografia computadorizada;

  • Ressonância magnética;

  • Cintilografia óssea.


A biópsia, considerada o principal exame para a confirmação do câncer de próstata, pode ser feita de duas maneiras diferentes: biópsia transretal e biópsia transperineal. Na primeira, é inserida uma agulha na parede do reto, enquanto a segunda é realizada através da pele entre o escroto e o ânus.4


Como é feita a biópsia


Apesar de parecer incômodo, os avanços tecnológicos permitem que a biópsia seja feita de maneira mais rápida, levando cerca de 10 minutos. Além disso, a agulha utilizada conta com um equipamento especial que a insere e remove em uma fração de segundo.4


A técnica também pode ser realizada com o uso de anestesia local - a preferência varia de acordo com o profissional e o paciente. Por isso, é importante conversar com o médico que irá realizar o exame para garantir que todos estejam na mesma página.4


Caso a biópsia apresente um resultado negativo, mas ainda exista a suspeita de câncer, outros exames podem ser solicitados, como a coleta de sangue e urina.4


Métodos de diagnóstico menos invasivos 


Atualmente, alguns estudos buscam por novas abordagens no diagnóstico do câncer de próstata. Entre eles, está a utilização de biomarcadores. Essas substâncias são encontradas no sangue, urina ou tecido prostático e podem indicar a presença de câncer.5


Alguns exemplos de biomarcadores promissores são o PCA3 e o TMPRSS2-ERG. A detecção dessas substâncias pode ajudar a identificar os pacientes que realmente necessitam de uma biópsia e evitar procedimentos invasivos.5


Além disso, a utilização de técnicas de imagem avançadas tem se mostrado promissora no diagnóstico do câncer de próstata. A ressonância magnética multiparamétrica (RMM) é um exemplo dessas técnicas, que permite a visualização detalhada da próstata e a identificação de lesões suspeitas.5


Avanços no tratamento


No que diz respeito ao tratamento, as opções têm se expandido significativamente nos últimos anos. Além da cirurgia e da radioterapia, novas terapias têm surgido, como a terapia focal e a terapia de ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU).5


A terapia focal é uma abordagem menos invasiva, que visa tratar apenas a área afetada pela doença, preservando o restante da próstata. Já o HIFU utiliza ondas de ultrassom para destruir as células cancerígenas, sem causar danos aos tecidos saudáveis ao redor. Ambas podem ser feitas no estágio inicial da doença.5


Outra opção terapêutica promissora é a imunoterapia, que tem como objetivo estimular o sistema imunológico a combater as células cancerígenas. Essa abordagem tem mostrado resultados promissores em outros tipos de câncer e está sendo estudada para o câncer de próstata. A imunoterapia pode oferecer uma alternativa eficaz para os pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais.5


Com o avanço nas pesquisas, as novas abordagens no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata podem ajudar a diminuir significativamente o número de pacientes que lidam com a doença. Para que isso aconteça, também é importante que a população não deixe de realizar os exames preventivos necessários.


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Referências:

1. Instituto Nacional de Câncer - INCA

(Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/prostata>. Último acesso em: 05 set. de 2023)

2. Secretaria da Saúde - Governo do Estado do Paraná

(Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Cancer-de-prostata>. Último acesso em: 05 set. de 2023)

3. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica

(Disponível em: <https://sbco.org.br/como-e-o-diagnostico-do-cancer-de-prostata/>. Último acesso em: 05 set. de 2023)

4. American Cancer Society - Tests to Diagnose and Stage Prostate Cancer

(Disponível em: <https://www.cancer.org/cancer/types/prostate-cancer/detection-diagnosis-staging/how-diagnosed.html>. Último acesso em: 05 set. de 2023)

5. American Cancer Society - What's New in Prostate Cancer Research?

(Disponível em: <https://www.cancer.org/cancer/types/prostate-cancer/about/new-research.html>. Último acesso em: 05 set. de 2023)


BR-26103.Material destinado ao público geral. Novembro/2023